Retirado do blog Imagem em Movimento"No dia em que era decretado o fim da Primeira Guerra Mundial, Benjamin Button (Brad Pitt) nascia em “circunstâncias anormais”. Os olhos com catarata, a falha na audição, a artrite aguda e a pele enrugada indicavam que, embora recém-nascido, seu corpo já tinha 80 anos. Com a morte da mãe ainda no parto e a rejeição súbita do pai, Benjamin foi deixado na porta de um abrigo para idosos em Nova Orleans. A proprietária Queenie (Taraji P. Henson) viu naquele estranho bebê uma espécie de benção divina e decidiu criá-lo. “É o tipo de milagre que ninguém espera ver”, dizia Queenie. Milagre maior era perceber que Benjamin rejuvenescia com o passar dos anos, enquanto seus amigos idosos logo morriam.
Entre os diversos elementos diegéticos (do interior da própria narrativa ficcional) do filme
O Curioso Caso de Benjamin Button, certamente o que mais fascina é a condição existencial deste protagonista que, por mais que possa parecer fantasiosa ou fabular, agrega algo de real, de verdadeiro. Se a princípio tal fenômeno nos parece tão absurdo, a experiência de Benjamin é legitimada logo no início do filme. Nesse momento, acreditamos na ideia de um tempo que retrocede, quando um personagem secundário, o Sr. Gateau (Elias Koteas), fabrica um relógio cujos ponteiros andavam ao contrário, na esperança de poder ver novamente seu filho, morto na guerra. É a partir deste preâmbulo que o espectador é convidado a vivenciar a história de Benjamin Button.
Nada mais apropriado para um longa-metragem, que não pretende ser uma adaptação fiel, mas livremente inspirado no conto do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald. No conto original, a infância de Benjamin é marcada pela vontade proibida de fumar cigarros, ler enciclopédias e conversar com gente idosa. No filme, o personagem, aos 7 anos, gosta de brincar com soldadinhos de plástico, ainda não sabe ler e quer correr com outras crianças, mas sua condição física o impede. Seu corpo é velho, mas sua mente é infantil. A mudança na trama confere maior empatia ao personagem, além da interpretação sóbria de Brad Pitt, indicado ao Globo de Ouro 2009 de melhor ator de drama. A película também recebeu indicações ao prêmio nas categorias de melhor filme dramático, roteiro, trilha sonora original, direção. Apesar de não ter conseguido ganhar nenhum,
O Curioso Caso de Benjamin Button é um dos filmes mais cotados na disputa por indicações ao Oscar 2009.
Assinado por Robin Swicord – diretora de
O Clube de Leitura de Jane Austen – e por Eric Roth – roteirista de
Forrest Gump - O Contador de Histórias –, o roteiro de
O Curioso Caso de Benjamin Button está longe de ser idêntico a do personagem imortalizado por Tom Hanks, embora muitos críticos tenham feito associações. Se Forrest Gump participa ativamente de fatos históricos relevantes, como a Guerra do Vietnã e Watergate, Benjamin Button observa passivamente poucos acontecimentos, como as conseqüências do ataque dos japoneses a Pearl Harbor e a ascensão dos Beatles. Apesar do lugar-comum de ser narrado em forma de diário – que foi parar nas mãos de Daisy Fuller (Cate Blanchett), o grande amor de Benjamin –, o filme consegue superar alguns clichês e, às vezes, seu didatismo.
Mais do que aprofundar a relação entre o personagem e a História, o cineasta David Fincher coloca em primeiro plano a presença do tempo, com todas as transformações e as marcas que ele deixa. No filme anterior de Fincher,
Zodíaco, o tema principal também era o tempo, mas como uma espécie de força que conduzia os personagens à obsessão e à autodestruição. Em
O Curioso Caso de Benjamin Button, o tempo é sinônimo de memórias afetivas, que possibilitam aos personagens a consciência melancólica da efemeridade da vida."
Retirado da minha cabeça:Por esta critica, eu ja tinha vontade de ver o filme. Por indicações de amigos também. Aí o filme recebeu 13 indicações ao Oscar e eu não pude resistir mais. E hoje, aliás, ontem, pois escrevo de madrugada, fui conferir o que ja estava previsto: O FILME ARREBENTA! O BRAD PITT ARREBENTA! Nossa! Sem paravras pra descrever!
Há muito tempo não via um filme que me fizesse rir e chorar, assim como
Forrest Gump me fez há 15 anos atrás e ainda me faz (tenho esse DVD------------- assisto sempre!).
Os efeitos visuais também são impecáveis!Eu já tinha visto maquiagem pro rosto, como no clássico,
Uma Babá Quase Perfeita, mas os efeitos que eles usam para os corpos também parecerem mais velhos são incríveis!

E claro, a companhia perfeita também tornou as quase 3 horas de filme, que passaram sem que eu pudesse notar, muito mais aconchegantes! (A pipoca acabou antes do filme começar mesmo... rsrsrs...)
O filme me fez também refletir: será que faria muita diferença nascer "velho" e morrer "novo"? Acho que não... Como disse Daisy, personagem da Cate Blanchett, "No final todos nós terminamos em fraldas..."
E o ciclo
dependência-independência-dependência seria, no fim das contas, cumprido da mesma forma.
Fica aí, recomendadíssimo para casais, solteiros, desquitados, sentimentais, durões, machões e qualquer outra pessoa que queira se emocionar, se divertir e refletir.
Com certeza esse filme vai fazer parte da minha videoteca!
Até a próxima!