Historinha I

PUF! SPLAT! BLOFT!

Os dois moravam na mesma vizinhança, mas já não se viam e nem mesmo se falavam ha muito tempo...

O pouco que ainda sabiam da vida um do outro era através de comentários esporádicos feitos por amigos em comum.

Apesar de não conseguirem não pensar um no outro, no que sentiam, no que tinham vivido e no que ainda poderiam viver, não ousavam pensar em se ligar, não queriam se encontrar, não queriam saber...

Ele por covardia, a mesma que o fizera, e já tinha meses, terminar o namoro.
Ela por orgulho, por mágoa, por não querer mais chorar, por nao julgá-lo merecedor do mínimo de consideração.

Como já disse, moravam na mesma vizinhança...

Numa bela noite de primavera, ele voltava do trabalho cansado, em pé no ônibus lotado.
Se perguntava se teria forças para ir à academia depois da janta...
Saltou em seu ponto e seguiu seu caminho a pé rumo à sua casa, distraído, pensativo, cabeça baixa, testa apoiada na mão...

Nessa mesma noite, ela estava aliviada!
O professor da facul faltou e ela vinha, aproveitando que ainda não estava tão tarde, para caminhar.
Fones no ouvido - JB FM.
O texto de "Lúdico" na mão, os olhos no texto, o cérebro tentando absorver alguma informação.
Olhos no texto???

De repente: PUF! SPLAT! BLOFT! PUTA QUE PARIU!!!
Caderno prum lado, o texto de "Lúdico" na poça d'água.
O tornozelo latejando, a palma da mão ralada, a unha quebrada...
Que baita tombo!

Mas, de repente, um perfume conhecido... E ela pensava "que perfume é esse mesmo?"...

Levantou a cabeça e viu aqueles olhos...
Familiares olhos cor de mel... Aqueles mesmos, que ela não via ha meses, mas que ainda via toda vez que fechava os seus antes de dormir...

Quando seu deu conta, já havia uma mão estendida e, logo que ela a segurou, se lembrou do calor daquele corpo inteiro...

A mão a puxou e ela levantou, mas logo caiu denovo... Desta vez naquele abraço...
AQUELE ABRAÇO...
Aquele que não dá vontade de sair nunca mais...
Aquele que ela já não ganhava ha tanto tempo...

Por uma eternidade ficaram ali, naquele abraço, sem dizer nada um pro outro, just enjoying the moment...

Queriam mais e saíram do abraço direto pro beijo mais saudoso, intenso, carinhoso e demoraram tanto nele quanto o fôlego deles permitiu.

Depois, ainda ali, agonizaram por mais alguns instantes, pensando no que diriam...
Mas fiquei sabendo que preferiram não dizer nada.
Que decidiram que sentir aquilo valia mais que qualquer palavra.
Que sentiam um misto de amor, stress, anciedade, saudades, loucura, felicidade...

Ela não pode conter as lágrimas...
Ele teve coragem!

Saiu do beijo, recolheu as coisas dela e - tomando cuidado com o ralado - lhe deu a mão!
E então ele a levou dali.
Pra junto dele.
De volta pra vidade dele.
De onde, ele pensou, ela nunca deveria ter saído.
De onde ela nunca mais teve que sair.



Me ajudem a dar o título da história??? Essa é só a primeira!!!
Eu sou assim as vezes... Não consigo dormir, aí eu escrevo, escrevo, escrevo... Agora eu escrevo e depois venho aqui postar! hehehe...

Atualização: história entitulada por valter ferraz